Norte e Sul do temperamento

Olá pessoas tudo joia?

Alerta de textão ativado rsrsrs

Não só pelo tamanho, mas sim pelo conteúdo!

Excelente reflexão da Prof. Nilva sobre temperamento e a influência dele no sucesso e na vida como um todo!

Boa leitura!


Norte e Sul do temperamento “Pontos opostos que se atraem”
Ao longo da minha vida, convivendo com a minha família, com a família do meu marido, com colegas, amigos, funcionários - no lar, na escola, na universidade, no trabalho, por todos os lugares por onde passei e passo; ficava e fico observando o quanto as pessoas, que, embora, convivam juntas, são diferentes. E essas diferenças as deixam com algumas características bem mais marcantes do que as outras. Quase sempre, as determinando como pensam, sentem, agem e se comportam perante as outras pessoas.  Dividindo-as em dois grupos mais conhecidos como: conservador e liberal.

 Sendo o primeiro grupo dotado de pessoas mais cheias de sistemas, consideradas certinhas, sérias, acanhadas, caseiras, caladas, mais reflexivas e inconfidentes. Mais inseguras ao lidar com pessoas e situações, e mais resistentes às influências externas. E o outro grupo, quase, o oposto do primeiro. De pessoas mais alegres, mais expansivas, desinibidas e comunicativas. Que mostram mais sociáveis, confidentes e confiantes, nas diversas situações. Mas bastante influenciadas pelas forças do ambiente. 
Através dessas distinções, com certeza, vamos sendo reconhecidos pela sociedade, e aprendendo a conhecer e lidar melhor com o próximo.  É por esse aspecto de personalidade – norte ou sul – que nos localizamos, ou seja, somos vistas como pessoas mais focadas em si ou mais focadas com o mundo exterior. É esse modo de ser que faz com que cada indivíduo tenha a sua personalidade - o seu próprio estilo de vida, suas escolhas - amigos, relacionamentos; tenha essa ou aquela profissão; seja mais “enturmado” ou mais solitário. Isso é o que nos define como mais introvertidos e extrovertidos. Como disse o influente psicólogo Carl Jung: os primeiros são atraídos pelo mundo interior do pensamento e do sentimento e os outros pela vida externa das pessoas.

 Nasci e cresci ao lado de minha família e parentes que demonstravam bem esses adjetivos do primeiro grupo. Aos poucos, convivendo com meu marido e sua família, que já são mais extrovertidos, fui tornando mais sociável; no entanto, a essência continua. Por eu ser, assim, meus filhos, também, herdaram um pouco desse meu lado. E por isso o assunto despertou minha atenção. Por que somos tão diferentes? Às vezes, incomoda esse jeito de ser.  As diferenças ficam muito em evidência quando os dois tipos se encontram. No Ano Novo, por exemplo, enquanto uns estão cantando/louvando pelo novo ano, até o novo amanhecer; os outros, embora, estando felizes, não se manifestam alegria, quase dormem de tédio, nas cadeiras.  
Mas, segundo Susan Cain, autora do livro que estou lendo – “O poder dos quietos – Como os tímidos e introvertidos podem mudar um mundo que não para de falar”- isso explica por que introvertidos preferem passar as férias lendo na praia em vez de fazer festa em um cruzeiro. “Extrovertidos gostam de vibração extra de atividades como conhecer pessoas novas, esquiar em montanhas perigosas ou colocar música alta”. Para os introvertidos, falar com estranhos, lhes tira a energia; e esquiar é uma aventura até suicida. São muito realistas. Preferem estar com “os pés bem no chão”. 
imagem retirada do google
 


Lendo esse livro, pude constatar que 75% das pessoas são mais extrovertidas; dentre essas há algumas que fingem sê-las. Mas como conviver em um mundo onde a maioria prefere falar a escutar? Que se sente confortável em qualquer lugar. Que prefere estar perto de muita gente. Que gosta de música alta/ que fala o que pensa; que a fama e a fortuna o atraem; enquanto, a minoria ouve mais do que fala, tende a não gostar de conflitos, tem horror a jogar conversa fora, e o dinheiro e o status não o incitam? Como lidar com essas diferenças, quando a maioria das pessoas acredita, hoje, que o “descolado” é mais valorizado, mais bem-sucedido, mais atraente e mais feliz por ser mais sociável?

 Segundo Anthony Robbins Companies, citado por Susan, cada encontro entre pessoas é um jogo de alto nível, no qual ganhamos ou perdemos a aceitação da outra pessoa. Então, ele estimula os introvertidos a encararem suas fobias sociais e também ensinarem as crianças, de maneira mais extrovertida possível, através do desenvolvimento do seu estado fisiológico, com ações simples como: cumprimentar as pessoas com um aperto de mão, um sorriso aberto, praticando pequenos atos de gentileza, falando com uma voz firme e com convicção. Assim, como um bom vendedor. Já percebeu como um bom vendedor nos atende? Com muita atenção, um sorriso no rosto, muita gentileza/educação, e disposição de sobra para mostrar e falar do produto. Levando o consumidor/comprador a acreditar que aquele é o melhor produto.
Imagem retirada do google
Mas, será que os introvertidos podem aprender a se superar? Despertar o gigante que está adormecido em cada um, no seu interior? Thony Robbins acredita que sim, que podem aprender a administrar a timidez.  Podem aprender a incitar o seu poder mental, a capacidade de trabalhar sua tendência de comunicar, de extravasar. Parece fácil falar, mas mudar é muito difícil. O introvertido, quase sempre, é muito tímido e desconfiado. Por isso, é difícil controlar-se em certas situações, pois com a sensibilidade “a flor de pele” - o coração acelera, as pregas (cordas) vocais ficam tensas, a amígdala enlouquece, a voz não sai, a memória falha, os olhos dilatam, a mão esfria, o corpo treme. Para relaxar, muitos fazem até o uso da bebida alcoólica. Meus irmãos e primos não bebem. Não têm vício nenhum. Mas, certa vez, em uma rodada de conversas entre primos e amigos, um de meus irmãos e alguns primos me confessaram que, quando eram solteiros, para terem coragem de conversar com alguma garota tinham que beber. Sem bebida não conseguiam. Então, é algo incontrolável, que instala de repente ao contato com outra pessoa, que não seja mais íntima. Eu mesma tinha e tenho até hoje certa dificuldade para falar em público; isso acontecia e acontece até com pessoas conhecidas. Quando me colocava de pé, frente às pessoas, o nervoso alojava de tal maneira que não ouvia a minha voz. E fui professora. Com os recursos tecnológicos (data Show, computador), tornou bem mais fácil para o introvertido falar em público. 
É como disse Schuwartz, citado por Susan. “Nosso temperamento nos influencia, não importa a vida que levamos. Uma importante parte do que somos é ordenada por nossos genes, nosso cérebro, nosso sistema nervoso”. Como diz Dorn, para os introvertidos o cérebro diz: “Não, não, não! Não faça isso porque é perigoso, não faz sentido e não está de acordo com seus maiores interesses, ou de sua família, ou os da sociedade.” Cuidado! Enquanto, para os extrovertidos o cérebro diz – “Isso! Isso! Coma mais, beba mais, faça mais sexo, corra muitos riscos, tenha todo o entusiasmo possível e, acima de tudo, não pense”. Isso faz os introvertidos a serem mais precavidos a tudo e não pensarem em recompensas; traços que os extrovertidos, segundo Dorn, não têm, uma vez que, são guiados por uma força maior que os livra da censura, e os motiva a experimentar mais prazer e alegria a cada dia; devido ao excesso de dopamina, substância que é liberada pelo cérebro. Por isso, a maioria desses tem mais tendência de ficar hospitalizados ou morrer em acidentes de trânsito, fumar, fazer sexo de risco (ter casos extraconjugais, casar novamente e outros), participar de esportes de alto risco, ter problemas financeiros, etc.

 Todavia, é importante destacar que introversão não é sinônimo de passividade e muito menos falta de inteligência. Segundo um teste de Watson-Glaser, sobre pensamento crítico, de acordo com os testes de Q.I., os dois são igualmente inteligentes.  Os extrovertidos são melhores que os introvertidos ao lidar com excesso de informação. Têm mais facilidade para fazer mais coisa ao mesmo tempo; mas são mais descuidados, cometem mais erros e desistem no meio do caminho. Enquanto, os introvertidos demonstraram excelência em algo que os psicólogos chamam de “resolução perspicaz de problemas”. “Pensam antes de agir, digerem toda a informação, passam mais tempo na tarefa, desistem menos facilmente e trabalham com mais precisão. Podem superar os extrovertidos até em tarefas que requerem persistência.” Como disse Einstein, que segundo Susan, era um perfeito introvertido – “Não é que eu seja tão inteligente, é que passo mais tempo com os problemas”. Segundo biografia de Gandhi, ele também era um homem de essência tímida. Tinha opiniões firmes, mas tinha medo de verbalizá-las. Então, as escrevia com a intenção de lê-las em voz alta, mas não conseguia. Disse que com o tempo aprendeu a administrar a sua timidez, mas nunca conseguiu superá-la.
Portanto, seja você um/uma introvertido (a) ou extrovertido (a), o importante é ser você mesmo (a). Antes de compreender e aceitar a diferença do outro, melhor seria compreender e aceitar a sua própria diferença. Sem se culpar por não atender as expectativas dos outros.   Se você não quer ir a uma festa, tem todo o direito de ficar em casa. É importante honrar e impor seu próprio estilo, reconhecendo suas próprias habilidades e também suas limitações. Se achar que seu jeito não está atraindo as pessoas, melhor seria se esforçar e tentar mudar. Como pessoas intelectualizadas que somos, buscamos, sempre, soluções para viver bem conosco mesmo (a) e com as demais. E você, leitor (a), é mais extrovertido (a) ou introvertido (a)?

2 comentários:

  1. Acredito que se escutássemos mas seriamos pessoas melhores
    aprenderíamos mas, sempre ter personalidade e não ser levado por qualquer
    ideia.

    Linda Terça!!
    beijokas da Nanda

    Mamãe de Duas

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  2. Adorei o texto ... e acho que sou um pouco de cada ...

    Beijos Mi Gobbato
    http://espacodasmamaes.blogspot.com.br/

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