Pais são pais, avós são avós!



Já ouvi muitas pessoas dizerem que os avós são "pais duas vezes". Pessoalmente, não concordo! Pais são pais e avós são avós. Cada um tem uma relação diferente. Tendo os avós uma grande vantagem sobre os pais, por já terem passado por uma experiência semelhante com os filhos.

Já erraram. Já acertaram. E, hoje, depois dos sucessos e insucessos, conseguem filtrar melhor, talvez, o que é mais importante priorizar no momento que os netos estão vivendo. E, ainda, pelo fato do vínculo, entre avós e netos, ser mais descompromissado, no bom sentido; e os avós terem mais tempo, proporcionando aos netos mais abertura, e os mesmos, por sua vez, sentirem - se mais à vontade para conversar, tornando a convivência mais prazerosa e livre.

Algo que os pais, muitas vezes, pela falta de tempo, pelo estresse do dia a dia, e pelo desgaste da própria convivência, não conseguem manter; simplesmente, por terem perdido parte do “encantamento” de outrora, que também não pudemos ter com os filhos, com receio de deseducá-los.
Sendo assim, não acredito que os avós estragam os netos. "Os avós melhoram os netos". A maioria deles vê tudo de forma bem mais leve e tranquila. Tem mais paciência, mais flexibilidade, mais habilidade e mais tempo para poder escutá- los.  As crianças precisam de pessoas que as escutam, assim, como os avós!! De pais que veem televisão e internet com eles, com o objetivo de fazer outras pontes entre uma e outra atividade.

É uma pena, acreditar que só o tempo e a vida podem nos proporcionar e nos  levar a entender que as crianças e os  adolescentes também precisam do espaço deles, e precisam ser compreendidos. É preciso que haja mais receptividade e reciprocidade entre  pais e filhos. É essencial. Toda pessoa é capaz de retribuir os sentimentos de amor e amizade se houver empatia, principalmente por parte dos mais velhos - pais e avós.

Acredito que quando há mais paciência, em especial dos pais e avós, para poderem administrar bem esta interação, a educação poderá ser mais efetiva. E, caso, precisem de discordar e aconselhar...que façam com  habilidade para não causar contrariedades e ressentimentos!!Não se deixem levar pela raiva do momento, para não perderem a razão na hora de argumentar sobre o comportamento deles.
Meus netinhos moram longe da gente, então, quando vêm nos visitar, aproveito o tempo que temos juntos para brincar com eles, mimar e os divertirem. Eles são muito educadinhos. O menor é tão carinhosinho, todo momento diz: "Vovó, você é linda", "Vovó, eu queria que você fosse para minha casa". "Eu quero dormir com você, vovó".

İnfelizmente, não podemos morar tão próximos. Só nos resta satisfazer com as ligações, com os áudios e os poucos dias de férias deles e dos pais. E, quando podemos ir visitá- los também!!


Mas...em fim, precisamos nos ver mais, ser mais presentes. O tempo passa tão rápido, logo estarão grandes, rapazes, tomarão outros rumos e não terão tanto tempo de nos visitar. Mas se os momentos vividos, agora, forem bem efetivados, ficarão sempre em suas memórias as lembranças dos avós que fomos. Ampliando, desse modo, além da noção de família, a oportunidade de nos conhecermos mais e melhor, e enriquecer ambas as partes.


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