Enurese



Hoje vamos falar sobre Enurese

É caracterizada pela perda involuntária de urina. Ocorre quando a pressão dentro da bexiga excede aquela que se verifica dentro da uretra, ou seja, há um aumento considerável da pressão para urinar dentro da bexiga, isso ocorre durante a fase de enchimento do ciclo de micção. Os músculos detrussores , que fazem com que você tenha a capacidade de controle, por permitir que você contraia a musculatura e não descarregue a bexiga, neste caso não funciona provocando a enurese.

A enurese infantil tem uma incidência familiar, as chances de um filho ser enurético são de 40% se um dos pais também o foi e de 75-80% se ambos os pais o foram.

A incidência da enurese noturna é maior no sexo masculino, na proporção de 2:1, então eles estão mais aptos a terem o problema. Pelo fato de eles terem uma maturação mais lenta do que as meninas, eles demoram mais para a aquisição do controle em geral e isso acaba sendo um dos fatores da enurese. Aos cinco anos de idade ocorre em 15% das crianças; aos 10 anos, em 3% delas e em 1% dos adultos acima de 20 anos. Há também os casos de crianças que já haviam conseguido o controle da bexiga e que o perdem, posteriormente, tornando-se enuréticas.

Às vezes falam de “enurese noturna”, mas é uma redundância. Hoje, a enurese só o é quando a criança faz xixi à noite.

Quando ela faz xixi nas calças durante o dia, ela tem incontinência urinária diurna.

A enurese pode ser primária ou secundária.

 A primária caracteriza a criança que nunca obteve o controle, nunca deixou de fazer xixi na cama.

A secundária, que não atinge crianças com tanta frequência, acontece quando a criança para de fazer  xixi na cama em determinada idade, ficam seis meses assim, e depois voltam. Mas é baixíssimo o número, tanto que tentaram fazer um estudo mais aprofundado na USP e não foi possível, pela falta de crianças nesta condição.

 Os fatores que podem colaborar com a enurese são: Um atraso da maturidade vesical, produção inadequada de hormônio antidiurético durante a noite, um sono muito profundo, Infecções do trato urinário, lesões obstrutivas do trato urinário, problemas da espinha dorsal e problemas emocionais. Outra condição necessária para controlar a micção é o desenvolvimento neuromuscular da bexiga.

Dentre as causas emocionais encontram-se, por exemplo, a mudança de casa, o nascimento de um irmão, a separação dos pais, coisas que podem fazer com que a criança regrida a um padrão anterior de comportamento, mas geralmente é temporária.

Há também os casos de crianças diabéticas ou aquelas com anemia perniciosa que produzem maiores quantidades de urina tem mais tendência a fazer xixi na cama à noite, e a outros casos que enurese pode ocorrer devido a uma sensibilidade aumentada a certos alimentos.

O maior dos problemas que a criança com enurese enfrenta é o medo de saberem que ela faz xixi na cama. Em geral, por esta razão, ela acaba se isolando e se mostrando mais quieta, o que acontece com frequência. Elas começam a se sentir diferentes dos demais, mas com tratamento, ela recupera a autoestima e convive bem. Tanto que, quando o problema é curado, os pais estranham a mudança de comportamento – da introversão para a extroversão, já que os problemas mais internos de comportamento desaparecem.

Todas essas situações devem ser pesquisadas pelo pediatra do seu filho, para que seja feito um diagnóstico correto e a criança possa ser tratada adequadamente. Sempre que necessário, o pediatra encaminhará a criança para ser avaliada por um especialista (nefrologista pediátrico, urologista pediátrico ou cirurgião pediátrico).

Mas atenção para uma criança ser considerada enurética, ela tem que fazer muito xixi na cama. Ela urina mais do que as outras crianças no período noturno porque não produz um hormônio chamado antidiurético, que só é produzido nesta parte do dia. Além disso, outra possibilidade que determina o problema é a baixa capacidade da bexiga de reter a urina como a de crianças sem o problema.

 O médico especialista geralmente deduz a partir de algumas características com relação ao padrão de urina que ela apresenta, porém, não existem exames laboratoriais que revelem essa condição.

O tratamento da enurese noturna ( segundo Dr. Maurício Hachul, é médico da disciplina de Urologia, associado à NUPEP)na criança em geral inicia-se aos 7 anos de idade e baseia-se:

o   Promover a motivação e excluir os fatores psicossociais.

o   Fornecer informações quanto o hábito miccional e alimentar

o   Alarme

o   Medicações: desmopressina ( ddavp ), antidepressivos tricíclicos e anticolinérgicos

 

A Motivação

O tratamento da enurese pode durar um período prolongado, portanto tanto as crianças como os pais devem ser orientados e motivados para a tentativa da cura do problema. Casais separados, nível sócio-econômico precário, pais impacientes e crianças com problemas comportamentais, requerem outras formas de atuação e correspondem à grupos de difícil controle.

Hábito miccional ( Uroterapia ) e alimentar

O risco de enurese noturna aumenta quando a criança não esvazia a bexiga por 8 horas durante o dia e é exposta à um volume urinário elevado à noite. É importante orientar à criança realizar o ato miccional a cada 4 horas durante o dia ( com horário marcado ), ingerir líquidos durante o dia e uma alimentação rica em fibras para o hábito da evacuação diária.

Alarme da Enurese

Maneira efetiva de tratar com eficácia em torno de 43% segundo um estudo recente. O tratamento deve ser continuado por 6 a 8 semanas antes de ser considerado ineficaz. Requer a participação ativa dos pais fundamentalmente no início do tratamento. Quando ocorre falha no tratamento com o uso do alarme a principal causa é a dificuldade do despertar da criança.

 

Desmopressina , DDAVP

A droga antidiurética desmopressina (DDAVP) apresenta um sucesso de 62% no tratamento da enurese.

Tratamento combinado do Alarme e Desmopressina ( DDAVP )

Particularmente efetivo nas crianças com problemas psicossociais o tratamento combinado deve ser tentado quando a monoterapia não surtiu resultado.

Antidepressivos Tricíclicos

Devido aos efeitos colaterais potencialmente fatais ( cardiomiotoxicidade ) o uso da imipramina atualmente não deve ser rotineiramente recomendada para o tratamento da enurese. A taxa de cura em longo prazo é de apenas 17% a 25.

Drogas Anticolinérgicas

A utilização de drogas anticolinérgicas é indicada somente em casos que suspeitamos de hiperatividade do detrusor e especialmente em crianças cuja resposta ao alarme e/ou desmopressina é insatisfatória.

 

Termino com a missão do site Sem xixi na cama:

“A Enurese tem tratamento, porém se a criança for exposta a constrangimentos e castigos e privada de cuidados, a doença pode causar sérios distúrbios ao desenvolvimento natural do indivíduo no que se refere a sua saúde, bem estar, autoconfiança, relacionamentos e qualidade de vida.

Nossa missão é atingir as famílias mostrando que a percepção e diálogo, associados à informação são os melhores remédios para acompanhar passo a passo o crescimento e desenvolvimento dos pequenos, proporcionando-lhes uma infância saudável e feliz.”

 

Agradecimento em especial ao pessoal do site http://www.semxixinacama.com.br/  que nos ajudaram a fazer esta matéria.

 

 

 

Fontes de pesquisa:

 



<http://www.abc.med.br/p/saude-da-crianca/308575/enurese-noturna-infantil-o-que-os-pais-devem-saber-e-podem-fazer.htm>. Acesso em: 18 out. 2012.


 

 

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