De onde vêm tanta violência...
Tem uma frase que toca muito meu coração diz assim:
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da sua pele, ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta"(Nelson Mandela)
Tomando meu café com “sangue” costumeiro... É triste, quatro
horas da matina assistindo o telejornal é só isso que se vê, parei para pensar
de onde vem tanta violência?
Na época dos meus pais, a maior parte das pessoas eram presas
por arruaça, porque brigou no baile ou algo parecido e naquela época as famílias eram maiores no
mínimo tinham quatro filhos, mesmo assim os professores eram respeitados o que
os pais diziam era lei...para onde foi todo respeito?
Somos descendentes destes pais, o que fizemos com que nos
foi ensinado?
Não estamos levando a sério o “criar” o “educar” nossos
filhos, porque isso meus amigos leva tempo, um tempo que parece que sumiu.
Na ânsia de dar aos filhos os bens que não tivemos, nosso
tempo é consumido pelo trabalho para termos mais dinheiro para “sustentar
nossos filhos” e nos esquecemos de que o pilar da sociedade é a família.
Seu filho tem uma escola ótima, mas que não pode nem deve
educar seu filho, mas você esta sem tempo então terceiriza, acreditando estar fazendo o melhor.
Começamos então aquele jogo onde se põe os dominós um na
frente do outro, mas não percebemos que um erro pode derrubar todos, um a um até
o fim.
Assim caminha a humanidade, a mulher quis ser valorizada,
pois não se sentia assim. Então queimaram os sutiãs e declararam o 'feminismo" e fomos
atrás dos direitos iguais. Será?
Mas que direito são
esses, a maioria da população feminina trabalha o triplo, quando chegamos à
nossa casa temos que cuidar: de limpar esta casa, dos filhos e do marido. Estes são direitos
iguais?
Acho que não era isso que gostaríamos, então continuamos trabalhando.
Queremos ser executivas,
ganhar mais, assim poderemos colocar uma empregada e uma babá em casa e quando conseguimos
chegar lá pelas 10 horas da noite só para dormir e começar tudo de novo no dia seguinte.
Assim somos valorizadas???
Sua casa não é sua, a educação do seu filho não foi você
quem deu...
Olhando a TV ficamos horrorizadas com a violência, mas se eu
disser que parte delas fomos nós mesmas que criamos você ficaria brava comigo
não é mesmo?
Diria: “Eu não tenho nada com isso, é culpa de todo mundo: do
governo, do vizinho, de todos menos sua!”.
Acompanhe meu raciocínio. Enquanto você trabalha para “ter”
condições de dar algo aos seus filhos que você “acha” que não teve. Você
trabalha no mínimo 8 horas por dia, pega trânsito, pega filho na escola, faz
compra, faz o jantar, "vê" o dever de casa dos filhos, arruma tudo para o outro
dia e no fim se conseguir tem que dar atenção para o marido...parabéns você
acaba de ganhar um selo da “Mulher Maravilha”.
Mas se parar para pensar uma pouco tenho certeza
que você sente que algo faltou, que tem alguma coisa que você não realizou
direito.
Depois de um tempo vivendo assim vem o estresse, falta de tempo para
você, para seu filho, para seu marido e quando chega neste estágio vem o
divorcio. Então você fica magoada, pois deu tudo de si e ninguém soube dar
valor...verdade!!
Quem dá valor a uma escrava?
Desde a época colonial já não eram
valorizadas e você na ânsia de “ter” algo melhor , esqueceu se “ser” algo
melhor para você e para sua família.
O pior disso tudo é que “ser” sua mãe que ficava o dia inteiro com
você te ensinou, mas te ensinou que não dava para “ter” tudo, então você uma
mulher “moderna” foi atrás do que te faltava, e começou a cair uma parte
daquela fileira do dominó que aqui representa a sociedade.
Mas à “Mulher Maravilha” não parou por aí, seu casamento já
desfeito ou a beira de isso acontecer, foi tratar de “ter” mais poder, mais prestígio,
mais dinheiro. E consegue é claro, mulher é ótima em tudo que faz, assim
consegue a “independência” financeira, já tem à empregada, à babá e começa a
delegar sua família nas mãos de outra pessoa. Bom agora você já não é mais
escrava, verdade. Agora você passou de escrava para quem escraviza... olha que
legal não é?
Continuem acompanhando meu raciocínio...na casa da sua empregada e da babá, as coisas são como era na
sua casa antes, mas com um agravante a maioria mora em bairros violentos e seus
filhos não deveriam ser deixados sozinhos para se " virarem", no máximo conseguem uma vizinha que dá uma "olhadinha" nas crianças.
Lá provavelmente não tem escola
boa, isso quando ás vezes tem aula, o “playground” deles é a rua e o ócio.
E as mães dessas crianças
onde estão pergunta você quando vê na televisão um menino de 16 anos, que matou, roubou.
Posso te responder, provavelmente ela estivesse na sua casa, limpando, arrumando, ajudando na educação do seu filho e tentando ser à “mulher maravilha” como você tentou.
E a sociedade que representei como peças de dominó enfileirados...
Então,
estamos todos agora no chão!!!
Daí que vem aquela falta de uma família presente. Filho sente e precisa de da sua presença!
Uma mulher lendo isso vai ficar brava, dizer que estou
errada.
Pode dizer que o problema da sociedade não é só da mulher, também acho.
Mas boa parte do problema somos nós que geramos na vontade de ser à “Mulher
maravilha”.
Quem tem o poder de gerar uma criança é a mulher, então a
maior parte desse problema é nosso sim.
Você pensou nisso antes de ter um filho?
Não bastava tê-lo teria que estar presente, criá-lo e educá-lo ?
Pensou ótimo, mas vá educá-lo não terceirize para escola, para os avós , para uma empregada ou babá!
Esse é o seu compromisso com esta criança que você colocou neste mundo!
Ao mesmo tempo
em que tem bandidos vindos da favela, já tem gangue de “mauricinhos”. O meu
desejo nesta reflexão é que você não seja a mãe de nenhum desses lados, ou seja, se é filho de uma executiva ou de uma secretária do lar.
Se não me engano, trabalhando dias a fio você ensinou ao seu filho uma coisa boa, não é ?
Trabalhar é bom e assim você pode conquistar tudo o que precisa.
Então concluímos que ensinou seu filho a “ter”.
Mas e “ser” ?
Ser um cidadão de bem, correto e ciente dos seu deveres para consigo e com o próximo, mas que por falta de
tempo ainda não chegou nesse mérito.
Também seu filho ainda é pequeno ainda dá tempo, não é?
Eles crescem muito rápido e quando se vê já são adolescentes e as mudanças e orientações que deveriam ser dadas antes...você não teve tempo.
Primeira regra para criar um filho de bem, SUA FAMÍLIA DEVE ESTAR EM PRIMEIRO LUGAR.
Você pode pensar eu trabalho, dou conta de tudo e tenho um
tempo de “qualidade” com o meu filho, tem mulheres que ficam em casa o dia
inteiro e nem dão atenção aos seus filhos.
Isso é verdade tem mesmo.
Mas quando você chegar à velhice e por algum destes reveses
da vida ir parar num asilo e seu filho aparecer por lá e ficar uma horinha e você
perguntar se ele não pode ficar com você e ele responder sem pestanejar...
“Mamãe ou papai sei que passo pouco tempo com vocês, mas é
um tempo de qualidade”.
Triste né, não diga que não foi alertado que isso
aconteceria. Não é culpa do seu filho, ele esta seguindo a educação que você deu
onde o mais importante é “ter” e não “ser”.
Volto à frase do Mandela, ninguém nasce sabendo amar a si
próprio e ao seu semelhante isso lhe é ensinado com atitudes.
Até mais,
Mãe de Moleque
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