Hoje é assim...
Oi pessoal!
Hj a nossa colunista em Educação traz um tema pra lá de interessante, o eterno dilema em "Se achar" e realmente "Ser"...então degustem com moderação!
Alerta de textão!!!
Não é grande super rápido, mas com grande teor de informação!
Bjs
Nilva Colunista Blog Mãe de Moleque |
Hoje é
assim:
“Eu me acho”
e meu pai e minha mãe também
ü A Super Proteção
dos Pais
ü A dependência dos filhos
ü A autoestima
O desejo de
todo pai, de toda mãe, que prezam o filho, é vê-lo se dar bem na vida – sendo mais
feliz, mais proativo, determinado, comunicativo e mais sociável. Pensando nisso, a família faz o que for
possível – ensina/orienta / acompanha cada passo por menor que seja, incentiva,
enaltece/aplaude. Mas, se
durante a caminhada, percebe que tais caracteres não estão desabrochando no mesmo,
começa a se preocupar / a pensar em procurar um profissional que lhe dê uma luz
/ uma estratégia diferente que a oriente a nortear melhor aquela fase.
Os filhos de outrora eram educados com livros,
exemplos dos pais/professores e com a própria vida, trabalho, etc. Eram colocados
para trabalharem, ajudarem os pais desde muito cedo; que, segundo o psicólogo Quintino Aires, especialista em
comportamento humano, “o trabalho / a ajuda nas tarefas domésticas desenvolve
competências que permite-lhes desenvolver áreas do cérebro fundamentais para se
estruturarem enquanto adultos mais organizados e trabalhadores”. Hoje, muitos
pais não exigem dos filhos, se quer, que organizem suas próprias coisas
(brinquedos, materiais escolares, seu quarto) ou que os ajudem nas tarefas
domésticas mais simples. 95% dos jovens passam a maior parte do tempo
- em média 50% do tempo, 3,5 horas ou mais
frente à televisão, internet e redes sociais.
Período maior do que qualquer outra atividade do cotidiano, como fazer a lição
de casa, ajudar à família, brincar, ficar com os amigos e ler.
A Educação brasileira, tanto a
informal quanto a formal, mudou muito. Antigamente, era bem autoritária. As famílias
e as escolas “falavam a mesma língua”. As instituições escolares davam mais
ênfase ao volume de conteúdo, e obrigavam as crianças a se dedicarem mais aos
estudos. Não existia liberdade de
expressão e nem elogio, que não fosse o mais verdadeiro possível. Os pais e
professores tinham autoridade máxima. Se os filhos /alunos cometiam
algum erro, eram logo corrigidos e punidos, rigorosamente, sem nenhuma
didática. Eram considerados detentores do
saber. Cabia aos filhos/alunos obedecerem sem questionar. Hoje, os filhos, desde
bem pequenos, “mandam e desmandam”, muitos de forma bem sutil, natural da
criança mesmo, mas, se tem só uma televisão em casa, na hora do desenho, o
papai e a mamãe os respeitam; é claro, agora é hora do desenho deles, todos
concordam. O papai e a mamãe, quando
estão presentes, ficam sem ver o Jornal. Melhor deixar do que ouvir o chororô. Mas
com isso vão se achando “donos do pedaço.”
E, segundo um artigo que li de Camila Guimarães e Luiza Karam, com Isabella Ayube
– Revista Época - fizeram uma tremenda confusão tanto o movimento quando o
método. “O elogio virou obrigação e fonte de trapalhadas. Para fazer com que as
crianças se sintam bem com elas mesmas, muitos pais e professores passaram
elogiar seus filhos/alunos até quando não era/é necessário. E o resultado é que
eles começaram a acreditar que são bons em tudo e criam uma imagem triunfante e
distorcida de si mesmos”. Crianças e jovens só ouviam: ” você é capaz! ” “Que
bonitinho!!”Mesmo quando não era verdadeiro. E, assim, “esses jovens cresceram ouvindo de seus pais e professores que tudo o que
faziam era especial e desenvolveram uma autoestima tão exagerada que não
conseguem lidar com as frustrações do mundo real. Em português, inglês ou
chinês, esses filhos incensados desde o berço formam a turma do “eu me acho””. .
E a conseqüência desse conflito entre
uma ideologia e outra foi uma formação “meio que sem rumo”. Sem saber o que é
certo e o que é errado. Muitos pais e professores têm dificuldades, até hoje, “em
equilibrar limite e afeto, e ensinar a lidar com frustrações sem ferir a
autoestima”. Grande parte dos adultos dessa geração sofre por ter dificuldades
de lidar com as críticas (sempre ouviram elogios), aprender com seus erros (não
diziam que eles erravam), sente constantemente insatisfeita (não deixaram lutar
para conseguir as coisas que queriam, a maioria dos pais fazia e faz quase tudo
por eles), não tem muito interesse de conquistar nada (elogios gratuitos / ganharam
e ganham tudo), e muitos continuaram não tendo autoestima (muito elogio mal
aplicado).
Assim, eles se acham, constantemente, merecedores
de proteção e carinho. No entanto, depois que tornam adultos, começa a perceber
a diferença entre os demais colegas e amigos, que foram criados menos dependentes,
e até dizem para os próprios pais: que eles “deveriam ter deixados se virarem
sozinhos”/”vocês protegiam demais”. É como no caso da história da borboleta que
o homem cortou o casulo para ajudá-la a sair do mesmo, “e a borboleta passou o
resto de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca
foi capaz de voar. O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não
compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário que a borboleta
fazia, para passar através da pequena abertura, era o modo pelo qual Deus fazia
com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de forma que
ela estaria pronta para voar, uma vez que estivesse livre do casulo”. E é a
grande verdade, a infância e a adolescência são etapas necessárias para o
amadurecimento biológico, psíquico e cognitivo. Se não criarem com certa
independência, serão adolescentes e adultos imaturos para o resto da vida.
Abraços
Prof. +Nilva Moraes Ferreira
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