Pais de agora...
Oi Gente!
Pedi um texto especial sobre família pra minha querida colunista Prof. Nilva e ela fez... disse algo especial ... espero que leiam e reflitam!
Alerta máximo de textão não por ser grande em tamanho, mas de grande significado!!!
Colunista do blog Mãe de moleque |
Hoje, é maravilhoso de se ver o quanto há compartilhamento
entre homens e mulheres, pais e mães, das funções domésticas e na educação dos
filhos. Muitos homens, além de
trabalharem diuturnamente, lá fora, ainda ajudam suas esposas - levantam cedo,
fazem o café da manhã, aquecem a mamadeira do filhinho mais novo, chegam para o
almoço, dão a papinha para os filhos menores, trocam fraldas, dão remédios,
etc. Bem diferente de há algum tempo, quando essas funções eram exercidas, somente,
pelas mães, mesmo quando trabalhavam fora.
Os papeis de outrora entre homens e mulheres eram precisamente
muito bem definidos por gênero. As ajudas
às mulheres eram muito raras. E não existiam as facilidades tecnológicas que têm
hoje, como máquina de lavar, fraldas descartáveis, etc. O pai quando chegava em
casa do trabalho para o almoço ou no final do dia, ficava só como
telespectador, observando o comportamento de um e de outro filho, como se fosse
um fiscalizador. Mas bastava os filhos ouvirem o seu pisado para cumprirem com
suas obrigações – tomar banho para ir para escola ou fazer o que a mãe já havia
pedido. Se algo não ia bem, bastava que a mãe contasse o que estava
acontecendo. E tudo era resolvido com seu pedido e “pouca conversa”; criando
regras e estabelecendo limites. Sua presença, embora, até negada por muitos,
era muito respeitada. Sua fala não era muito questionada.
Há três ou quatro décadas, esses papéis têm mudado muito
neste espaço das “rainhas do lar”, que só agora faz jus aos donos. Os pais por
comportarem como verdadeiros companheiros e as mulheres por terem os mesmos ali
à disposição, sempre, para lhes ajudarem, mesmo quando a esposa não trabalha
fora ou tem uma pessoa para ajudá-la. Aquela cultura machista de outrora ficou para
trás. Mesmo aqueles que não foram educados vendo seus pais ajudando suas mães,
e nem se quer, eles mesmos preparavam um lanche no meio da tarde, porque suas
mães faziam questão de fazer, se adaptaram bem ao novo modelo. São muito mais
carinhosos e participativos da vida dos filhos e também das suas esposas, nem
se comparam com seus próprios pais.
E isso, a meu ver e segundo estudiosos, é de crucial
importância na vida de todos, pois promove o desenvolvimento cognitivo e social
das crianças; facilita a capacidade de aprendizagem e a integração das mesmas
na comunidade, desde a mais tenra infância até a passagem para a adolescência.
Sendo referência na organização psíquica da criança, devido à sua função
estruturante para o desenvolvimento do ego, etc.
Entretanto, embora, tudo pareça um mar de rosas, o que se
percebe é que o maior desafio de muitos homens é manter o equilíbrio de
afetividade/confiança e cumplicidade sem perder a sua autoridade. Uma vez que,
mesmo quando há pouca ou muita proximidade deles na vida dos filhos e das
esposas, essa autoridade anda enfraquecida. Pois já não são tão admirados/reconhecidos
e nem muito mais valorizados do que os pais de antigamente. Atualmente, sua
participação já não é importante na hora de estabelecer limites quanto na hora
de atribuir liberdade nem pelas mães e nem pelos filhos; antigamente, quando as
crianças queriam fazer algo, suas mães diziam – “peçam a seu pai”. Mostrando,
desse modo, que ele tinha a palavra final. E, hoje, “nem o homem nem a mulher sabem
ainda definir com precisão seus papéis e funções familiares”.
E isso não é bom. Segundo Freud, em seu trabalho “Leonardo
da Vinci e uma lembrança da sua infância”, afirma: "na maioria dos seres
humanos, tanto hoje como nos tempos primitivos, a necessidade de se apoiar numa
autoridade de qualquer espécie é tão imperativa que seu mundo desmorona se essa
autoridade é ameaçada".
Ainda, segundo Luft, “Pais bonzinhos são tão danosos quanto
pais indiferentes: o amor não se compra com presentes, nem permitindo tudo, nem
fingindo não saber ou não querendo saber, muito menos desviando o olhar quando
ele devia estar vigilante. Quem ama cuida: velho princípio inegável,
incontornável e imortal, tantas vezes violado”.
Para finalizar, reconhecemos que há falhas de ambas as
partes, tanto da mãe quanto do pai, e muitas vezes, nem o pai nem a mãe estão
sabendo mesmo como agir frente a certas reações dos filhos. Muitos são
hostilizados, ofendidos, maltratados ou humilhados pelos pequenos. Será que está
faltando mais autonomia? É importante que os pais zelem pela boa educação dos
filhos, deixando sua distinção na criação dos mesmos e no companheirismo com as
esposas e tal. Isso faz parte dos bons exemplos / modelos de comportamentos
para os meninos e meninas para uma vida mais feliz. No entanto, tanto os pais
quanto as mães não podem deixar que “a credibilidade de pai” seja depreciada. É
importante que a mulher /esposa/ mãe, que preze seu marido e filhos, ajude seu
marido a manter essa boa autoridade, pois o seu reconhecimento lhes ajudará
muito na solução de muitos males.
Beijos até breve
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