Mais um príncipe está chegando...
Olá pessoal,
Por aqui estamos entrando no sétimo mês esta semana, no segundo filho a ansiedade e menor e confesso a preparação tem sido mais psicológica minha, do anjo mais velho do papai, do que propriamente física.
Ainda não comprei enxoval, o quarto esta pronto desde sempre, não vou montar o berço, pois optamos em deixar ele na nossa cama como fizemos com o irmão e nos primeiros meses vamos trazer a cama do irmão pro nosso quarto, tudo junto misturado e vivenciarmos este momento tão importante e aguardado com ansiedade na nossa família.
Amei o texto do Prof. Nilva, obrigada pelo carinho de sempre!
Degustem sem moderação <3
Ps.: Mandem dicas, muitas dicas, sei que vou precisar de todas quando o anjo mais novo estiver em casa. Bjs
I
Independente da forma que a família faça a chegada de um
bebezinho – do primeiro, do segundo ou do terceiro filho, é um momento muito
especial e emocionante para todos, principalmente, quando esta vinda foi bem
planejada e esperada com sabedoria e muito amor.
É tempo de todos se reorganizarem em torno do novo príncipe ou da nova
princesa que vai chegar...para lhe dar as boas vindas...pois, além de trazer
uma alegria contagiante para a vida de todos, traz também alguma mudança na
rotina dos mesmos. Alterando desde os costumes da casa até a dinâmica diária
da vida dos dois – mãe e pai e também do filho ou filha menor ou filhos mais
velhos.
Que, até os quatro meses, pelo fato de não ter
ritmo regular do tempo – não distingue bem o dia da noite; então, troca
a noite pelo dia ou vice-versa e fica dormindo e acordando. Antes dos dois
meses, dificilmente, dormirá 3 horas seguidas, uma vez que, tem o sono leve,
com ciclos mais curtos, segundo Michele Melão, consultora do sono infantil.
(Ela tem uma dica interessante para as mães ensinarem o bebê a distinguir o dia
da noite – Deitando o bebê à luz natural do quarto, durante o dia, e reduzindo
o ritmo e a iluminação da casa ao anoitecer, principalmente no seu quartinho).
Com isso, o sono de todos é interrompido
várias vezes à noite, principalmente, dos pais para atender ao filhote. Até que
o novo morador ou a nova moradora acostume com o novo ambiente e com os hábitos
da família.
A mãe, nesse período puerpério, mesmo passando por um
processo de modificações fisiológicas e anatômicas, como também mudanças
psicológicas decorrentes da condição da gestação e do parto, se
vê completamente tomada pelos cuidados com o bebê. Toda a sua atenção se volta
para ele. É com a amamentação, com os
choros, com as trocas de fraldas - com a sua nova adaptação fora do útero. Já não
tem tempo nem para se alimentar direito...embora, tenha que se alimentar dois. Quando
olha no relógio...já é hora do banho...já é hora de amamentá-lo...tem que por
para arrotar...tem que trocar a fralda
de novo...(Ainda bem que não é fralda de pano...imagina se fosse! Tempo que não
tinha nem máquina de lavar e secar roupas...Tudo era lavado e passado...Tempo
de chuva, então, era um “lavava e um tira e põe” no varal para secar rápido).
É uma fase que exige
muito da recém-mãe, uma vez que, a mesma está começando a conhecer o seu filho;
o seu comportamento lhe gera, muitas vezes, muitas preocupações e
dúvidas...Será que meu leite está sendo suficiente e nutrindo-o bem...será que
não está com fome...será que está com frio...será que está com calor...será que
está com sono...será que está sentindo alguma dor...Basta que o bebê se encolhe...ou chora...para a mãe ficar
mais ansiosa.
Chorar é a sua única forma de expressar de que algo não vai
bem. Quase sempre à noite. Muitas vezes, a mãe não sabe o quê fazer – Sempre
bate o desespero... (A gente quase chora junto, sem saber o que fazer... como
disse uma mãe...a gente não sabe de onde tira tanta força...) “Será que é
cólica?” Os bebês sentem muito cólicas. Então, a mãe o balança, acaricia a sua
pele...canta uma cantiga de ninar bem baixinho...coloque-o na posição
vertical...depois, de barriga para baixo...faz massagem...muda de cômodo...vai levá-lo
para passear nos cômodos da casa...e nada...A vovó vem com chazinho...O pai
também levanta...lhe faz um cafuné...dá lhe a chupeta... Todos acordam na
casa...E nada...
De repente, depois de quase uma hora chorando...já quase
amanhecendo o dia...a mãe o amamenta e segura bem apertadinho no seu colo...conversa
com ele, e ele na posição de como quem escuta o seu coração...dorme...Já está
comprovado que carinho de mãe cura. “O calor da mãe alivia a dor e o tranquiliza”. Segundo a psicanálise, o colo é o útero pós-natal. "Até os 3
meses, o bebê precisa acreditar que ele e a mãe são uma só pessoa. Um bebê que
não viveu essa ilusão pode tornar-se um adulto com dificuldade de se relacionar
afetivamente", alerta a psicanalista infantil Annelise Scappaticci. "Colo
é afeto. Falar com o bebê olhando nos olhinhos dele. Essa atitude dá toda a
segurança que o recém-nascido necessita. O colo humaniza", explica Ana
Maria Massa, psicóloga e coordenadora do Centro de Referência da Infância e
Adolescência da Unifesp, citadas por Vanya Fernandes.
E, assim, a supermãe “se vira” dia e noite...mas não
esquece do marido e do filho menor ou dos outros filhos, mesmo sem
desgrudar do bebê um só instante. Sempre, PENSA e LAMENTA...baixinho...falando
com o seu maior confidente, neste momento...o bebê. ”a mamãe já não tem mais
tempo para ela...não tem mais tempo de dar atenção nem para o papai...agora,
mal nos falamos...só dos filhos...e não tem mais tempo para
o/a maninho (a), que ainda é uma criança”.
Que ocupa, agora, uma posição não muito tranquila. Ter que abandonar a ideia de
filho único / ou de caçulinha abala seus privilégios – os pais já não “viverão”
mais só para ele, os mimos estão, cada vez, mais reduzidos - agora, se sentirá
até um pouco deixado de lado, vai ter que dividir tudo com o outro.
É uma situação
um pouco desafiadora, mas necessária para o seu amadurecimento e dos pais, pois
com a chegada de um/uma irmãozinho/irmãzinha inicia-se a sua lista de perdas, segundo
estudiosos do assunto, para mim “ganhos”. Todos ganharão. Os pais também
aprenderão muito com a chegada de outro filho. Os quatro aprenderão dividir sentimentos.
Os pais terão que dedicar a sua atenção, agora, aos dois ou mais, sem proteger
nenhum mais do que o outro - porque é mais novo ou mais velho. Aceitando as diferenças entre os dois ou mais
filhos - tanto no modo de pensar, sentir, quanto na forma de agir e de fazer as
suas escolhas que considerem importantes para as suas vidas.
Cada um é único.
Assim..., sabendo
conciliar, vocês poderão estabelecer vínculos afetivos satisfatórios e respeitosos
entre os dois ou mais filhos, e crescerão apaixonados um pelo o outro. Sabendo
dividir...sendo cúmplices e contando sempre com o outro quando precisar. Como muitos dizem...irmãos brigam, mas não se
divorciam. E você, já começou a preparar seu filho para a chegada do
irmãozinho? Tem alguma dica para dividir com as mães de segundo filho ou mais. Coloque
aqui seu comentário! Um feliz parto para todas vocês, mamães,
Elaine, Adriana, Juliane, Josy e todas do blog “Mãe de moleque”, que seus bebês
nasçam perfeitos e saudáveis!
Beijos
Profª +Nilva Moraes Ferreira
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