Introdução alimentar X Alergias
Oiiii
Começando a I.A. do baby Oliver, logo lembrei da Karina e alergia severa do filho mais novo dela Dante a ovos.
Aproveitei a dica do "Danoninho" de inhame e fiz de banana com ameixa preta sem açúcar pro baby, ele amou <3
Introdução alimentar x alergia
A fase da introdução alimentar é
uma delícia, a gente quer ver o bebê provando alimentos novos, observar sua a
reação, ver aquela carinha toda melada e feliz. O ato de comer e compartilhar a
comida faz parte do processo de socialização e a introdução alimentar
proporciona estes momentos ao bebê e sua família.
Nós descobrimos a alergia
alimentar nesta fase. Eu estava super ansiosa para começar a introdução
alimentar pois eu voltaria a trabalhar dali um mês e meio e queria ter o prazer
de dar a primeira papinha, as frutinhas, de saber do que o meu bebê gostava ou
não de comer.
Começamos a introdução como
orientado pela pediatria, com frutinhas pela manhã, depois com o passar da
semana o almoço, depois a frutinha da tarde e enfim o jantar. Semanas depois as
proteínas poderiam ir para o prato. A primeira reação forte foi quando ofereci
papinha com gema de ovo, foi desesperador e frustrante ao mesmo tempo. O Dante
vomitou sem parar, teve falta de ar e inchaço na boca, na orelha e no pescoço,
levamos ao pronto socorro e foi detectada a alergia alimentar.
Os dias até a consulta com a
pediatra foram de pânico e insegurança, a internet não era tão bem informada
como é hoje, tudo o que eu pesquisava era pouco para o que eu queria saber.
Como seria agora? Li tanta coisa, tantas informações desencontradas, tanta
falta de informação...
Chegou o dia da consulta e fiquei
mais uma vez frustrada, nossa pediatra não se interessou muito pela alergia
alimentar, não acreditou que as reações eram tão fortes assim e sugeriu que eu
procurasse uma alergista/imunologista. Para que eu ficasse mais tranquila,
pediu para parar a introdução alimentar, teria que regredir e como parar a
introdução alimentar de um bebê comilão?
Acompanhamos com a alergista que mudou
a estratégia da introdução alimentar, inclusive com restrições ao meu cardápio uma
vez que ele mamava LM e tudo que eu comia poderia causar reações via LM.
A família toda e a escola (sim eu
voltei a trabalhar e o Dante teve que ir para o berçário) se envolveu nesta
reeducação alimentar forçada. Descobrimos que não era só o bebê que tinha
restrições alimentares, o irmão mais velho desenvolveu intolerância a lactose
(açúcar do leite de vaca que não é absorvido pelo intestino), então leite e
derivados não entrou mais aqui em casa por muito tempo.
Retiramos do cardápio alimentos
que são conhecidos como mais alergênicos, leite, frutas como morangos, abacaxi,
laranja pera, banana nanica, industrializados de todo tipo inclusive biscoitos,
macarrão e pães, amendoim, castanhas, coco, peixe e frutos do mar e voltei a
introdução alimentar para 1 tipo de legume/fruta por refeição.
Então no almoço oferecia purê de
batata com caldo natural de carne por exemplo, observava a reação dele durantes
as duas horas seguintes (o Dante tem reações imediatas), caso ficasse tudo
normal, na próxima refeição oferecia purê de batata com outro legume e caldo de
carne e assim também foi com as frutas, primeiro dei todas as frutas assadas, uma
por vez, observando e estudando as reações que ele poderia ter, depois
começamos com as mesmas frutas só que cruas.
Cada refeição era um flash! O
Dante tinha várias reações diferentes, dependendo do alimento que ele ou eu
comíamos. As reações mais frequentes eram gastrointestinais e reações cutâneas,
isto é, muitas coceiras nas dobras, no pescoço e na região que ficava dentro da
fralda, chegamos a trocar a fralda de hora em hora, limpa ou suja para
controlar as assaduras e a coceira.
A escola sempre nos apoiou, foram
muitas reuniões com a nutricionista, coordenadora e as berçaristas, quatro
meses de muitos avanços e retrocessos, até que por uma decisão nossa, parei de
trabalhar para controlar melhor as reações e os traços e assim tentar amenizar
as reações do Dante.
O que eu aprendi com tudo isso? Que quanto
mais natural a alimentação melhor, que quando um bebê rejeita um alimento
depois de ter experimentado, nem sempre é pirraça ou birra, pode ser que o
alimento não tenha feito bem, e o corpinho deles sabe mais do que a gente
imagina, que insistir nem sempre é a melhor solução, a ansiedade atrapalha e
muito o desenvolvimento e a relação com o bebê e que existem muitas
alternativas, é só a gente procurar e ter paciência.
Aí vai uma receitinha para os
bebês que já estão comendo:
Danoninho de Inhame
3 inhames médios cozidos e
amassados
1 caixinha de morangos limpos
Açúcar demerara a gosto (coloco 1
colher e meia)
Bata os inhames amassados, com os
morangos e o açúcar no liquidificador até ficar bem homogêneo. É melhor que os
inhames estejam ainda quentes para bater melhor no liquidificador.
Coloque em potinhos pequenos e
leve à geladeira por 3 horas. Pronto!
Dura até três dias.
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