Tudo em nome da beleza
Hoje nossa colunista vem com um tema importante para muitas pessoas e por outras tão desvalorizado ...beleza.
Uma boa imagem, atualmente, tem denotação primordial em quase tudo. Parte das pessoas está tão preocupada com a funcionalidade das coisas quanto com a estética/ o esmero das mesmas, e o que elas podem causar para elas próprias e para as outras pessoas. Tudo, hoje, tem que ser muito bem pensado, não pinta uma parede de uma sala, nem assenta uma luminária e um quadro, em uma parede, sem ouvir um (a) arquiteto (a) e um (a) decorador (a). Cada detalhe é motivo de preocupação: os efeitos da iluminação, nas cores do ambiente, na disposição dos móveis e objetos. Sempre, com o intuito de produzir nas pessoas sensação de bem estar, prazer, praticidade, conforto, aconchego e admiração imediata; baseados em conceitos de inovação, personalização, arte, inteligência, elegância e um toque de sentimento do usuário. A aparência pessoal, então, é tão ou mais valorizada quanto um currículo. Por esse motivo, essa expressão é tão popularizada - “uma imagem vale mais do que mil palavras.”
A
autoestima, a autoimagem, assim, como o autoconceito mais positivos contribuem
para a constituição de relações intra/interpessoais saudáveis e afetuosas, que,
se não forem bem cuidadas, afetam diretamente o nosso relacionamento com o
mundo, com o nosso meio, com nossos afetos. Por isso, há tanto zelo, hoje em
dia, também por parte dos estilistas / esteticistas em criarem peças de roupas;
e das pessoas em escolherem uma roupa confortável, mas também apresentável, que
tenha um caimento perfeito e uma modelagem que ressalta as partes mais bonitas
do corpo e oculta / disfarça as imperfeições. Além de proteger/cobrir/embelezar,
segundo Calza, citada pela designer de moda, estudo e imagem pessoal Leda
Saboia, “a maneira como o homem se veste e se relaciona com o vestir reflete
seus desejos e vontades, suas diferentes formas de pensar e de ser, de viver e
de perceber o mundo a sua volta”. É, de certa forma, uma forma de expressar.
Segundo
Susan Nanfeldt, “Plus Stile: Guide to Looking Great” (Nova Iorque: Plume Book,
1996), “estudos indicam que 55% da primeira impressão que as pessoas têm de
você é baseada em sua aparência e ações, 38% em seu tom de voz e 7% no que você
diz”. A imagem não é constituída apenas pelo tipo da roupa/cabelo/pele e corpo
bonitos. Mas do tom de voz, e é claro, ações e o que a pessoa diz, embora, o
último item tenha sido pouco valorizado. Tudo o que uma pessoa expõe, nos
primeiros segundos/minutos/horas de contato ou de convivência com outra pessoa
ou local, é valorizado. É o que faz originar confiança/segurança e boas
perspectivas, quanto àquilo que queremos realizar. Por isso, uma boa imagem tornou-se
de fundamental importância tanto para o sucesso pessoal quanto para o sucesso
em todas as áreas de trabalho.
Contudo,
não dar o devido valor a uma pessoa, apenas, por não ser bonita (ter traços
físicos considerados feios) mesmo que seja qualificada, é um absurdo, mas não é
isso que acontece, veja o resultado desta pesquisa. Segundo Ivan Martins e
Tereza Pedrosa – Revista Época, “uma pesquisa realizada pela revista Newsweek
com 202 profissionais de recursos humanos nos Estados Unidos (que falaram sem
ser identificados) deixou claro que, apesar do discurso politicamente correto,
na vida real a aparência vem logo atrás da experiência e da autoconfiança como
critério de contratação - à frente da escolaridade. Para 57% dos recrutadores
ouvidos pela pesquisa, um candidato "qualificado, mas feio" teria
problemas para se empregar. Metade deles "aconselhou" as pessoas que
buscam trabalho a gastar tanto tempo cuidando da aparência quanto do
currículo. "Não existe neutralidade diante da beleza", diz o
psiquiatra brasileiro Frederico Porto, que trabalha na consultoria DBM, especializada
em gestão e recursos humanos. “É um reflexo automático ter boa impressão em
relação aos belos." E você o que pensa sobre essa questão?
Por
isso, não é à toa que a “indústria do embelezamento” é um dos setores que mais
cresce, uma vez que, a busca pela aparência perfeita tornou quase que uma
obsessão/um estilo de vida por muitas pessoas e até por crianças. Cada dia, a
mídia e a indústria trabalham para estimular o consumo cada vez mais precoce de
seus produtos. Hoje, até a preocupação com a saúde está aliada à aparência.
Parte da população está preocupada em ficar mais “em forma” e em parecer mais
jovem. Perder peso, ter pele, dentes e cabelos bonitos é o desejo de quase todo
mundo. A maioria das pessoas, que pode
ou que tem poder aquisitivo melhor, investe pesado em usar óleos disso e daquilo,
usar cremes, massagens, terapias com ervas, banhos disso e daquilo, vitaminas
de A a Z, muita academia e ginástica facial, etc. Tudo em busca de uma imagem
saudável e perfeita. Além disso, muitas pessoas buscam as clínicas de estética
e os consultórios dos dermatologistas, endocrinologistas e cirurgiões plásticos
tanto para tratamentos de beleza/ correção de alguns defeitinhos quanto para o
combate ao envelhecimento. Todavia, segundo meu filho, que é geriatra, “saúde
na terceira idade é como uma poupança, cujos rendimentos vão depender do quanto
se investiu nela ao longo dos anos”. Desde a infância, com bons hábitos e uma
alimentação saudável. E você vem fazendo esse investimento?
Enfim,
que o mundo moderno nos deixou mais exigentes com tudo, não podemos negar, mas
não podemos esquecer-nos da essência, do nosso interior. Se puder fazer algo
para melhorar a sua aparência que faça. É normal querer se sentir bem com a própria
imagem. Mas, claro, tudo com muito bom senso. A beleza física é importante, mas
tudo é um conjunto. Não basta ser só bonita (o)! Sua personalidade, seu
comportamento, sua postura, seu jeito de ser, tudo isso pode completar muito o
seu ser, e deve também ser motivo de preocupação. O importante é estarmos
satisfeitos e adequados. A beleza interior/a elegância do comportamento ultrapassa
qualquer beleza física.
Fonte foto Google |
Abraços
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