Parabéns mestres na sala de aula e na vida!
Este dia pra mim?
Uma das mais importantes datas do calendário, quem dera encontrar que por acaso professoras que comigo tanto tiveram carinho, professora Bete, professora Dirce, professora Beatriz...são todas especiais e moram no meu coração.
Não tem como falar neste dia sem se lembrar o filme "Ao mestre com carinho" , filme ícone na minha época e chorei muito assistindo.
Meu muito obrigada e parabéns a prof +Nilva Moraes Ferreira
minha colunista querida em educação, hj neste dia especial o texto é dela!
Desde muito
pequena, sonhava em ser professora. Enquanto todas as meninas da minha época
tinham preferência pelas casinhas, panelinhas e bonecas; brincando de serem
donas de casas e mães, eu pegava um livro e uma régua de madeira e, brincava de
escolinha com meus irmãos menores, primos e vizinhos. A lição era caligrafia do
nome, “tomar a tabuada” e ditado de palavras.
Era assim que minha mãe nos ensinava, então, seguia os seus passos na
íntegra. Naquele tempo, estudar era para poucos, fazia do desejo, um brinquedo
sério.
Uma das mais importantes datas do calendário, quem dera encontrar que por acaso professoras que comigo tanto tiveram carinho, professora Bete, professora Dirce, professora Beatriz...são todas especiais e moram no meu coração.
Não tem como falar neste dia sem se lembrar o filme "Ao mestre com carinho" , filme ícone na minha época e chorei muito assistindo.
Meu muito obrigada e parabéns a prof +Nilva Moraes Ferreira
minha colunista querida em educação, hj neste dia especial o texto é dela!
Sonho (trans) formador
Hoje, a maioria das crianças não perde tempo brincando de
estudar, não sonha em ser mais professor. Pouquíssimas crianças, apenas, nos
imitam, chamam-nos de “tias”, e dá para perceber o quanto o nosso valor mudou! Já
não somos mais aquele que tem a aura de mestre, viramos parente. Quando comecei
a estudar, o educador era muito respeitado. Era considerada a pessoa mais
importante, depois dos pais. Ser mestre dava às mulheres e também aos homens um
status especial. O acesso era concorridíssimo. A maioria dos docentes eram
mulheres, e essas apresentadas ao magistério eram as mais cultas e letradas da
cidade. Lembro de minhas queridas professoras primárias do Instituto São José,
colégio administrado por freiras franciscanas, onde meninos e meninas não se
misturavam, nem estudavam no mesmo horário - no período da manhã, era para o
sexo masculino e no período da tarde para o feminino.
Ali a formação oferecida, tanto às meninas quanto aos
meninos ou moças e rapazes, era rígida, e seguia os preceitos católicos; os
valores morais eram os mais conservadores da época. “Oferecia-se ainda uma
“cultura geral refinada” e procurava nos dar uma “sociabilidade polida”.
Adjetivos arcaicos e pouco valorizados para a contemporaneidade. As disciplinas
eram ministradas como forma de garantir a cultura geral de todos os alunos e
alunas. A matéria de Educação Moral e Cívica tinha como objetivo estimular uma
consciência cívica e amor à Pátria. A Bandeira do Brasil era hasteada toda
semana ao som do Hino Nacional. Quem sabia a letra toda, “na ponta da língua”,
tinha ponto positivo na nota. Todas as datas comemorativas cívicas, folclóricas
e outras eram lembradas e comemoradas, em “alto estilo”. Dedicavam grande
espaço também para ministrar a disciplina de História – sobretudo a Sagrada e a
Antiga recebiam atenção especial. Naquele tempo, não objetivavam garantir a
profissionalização da mulher, mas prepará-la para ser boa dona-de-casa, esposa
e mãe.
O ensino era baseado na
memorização e na escuta. Às vezes, fico a pensar e a comparar, a escola do
presente e a do passado, mais distante. O professor não tinha recurso nenhum
para ajudá-lo, tinha apenas o quadro, o giz, poucos livros para pesquisa e, com
certeza, além de muita boa vontade, alunos ávidos pelo conhecimento. Lembro-me bem, de que o professor de
Geografia não dispunha nem de mapas, fazia apenas um esboço das regiões
brasileiras, por exemplo, no quadro, e ia explicando. O professor de História,
então, só falava. Às vezes, ficava uma aula toda só falando. E como o método
era o mais tradicional, em que só o professor falava, pois, o considerava, o
único detentor do saber, os alunos só ouviam, quietos/sentados, sem poderem
questionar.
Não havia a interação e nem a
tecnologia avançada que existe atualmente, mas muitos, ainda, defendem que a escola de antigamente,
embora, exigisse muito decoreba, os alunos aprendiam mais. Os mais velhos falam
que a quarta série, daquele tempo, equivalia à oitava série atual. Maior parte
das pessoas estudava, apenas seis meses, e tinha um letramento invejável, pelo
tempo de escola. Sobreviviam muito bem. Falavam e escreviam bem; faziam as
quatro operações, que muitos com mais estudos, hoje, não conseguem fazer.
Alguns dizem que era melhor a disciplina dos alunos, antes do que agora; e que
o respeito, a ética e a postura dos mesmos era completamente diferente.
A grande verdade é que a falta desses valores e as questões
de indisciplina impedem a boa relação e informação entre docentes e discentes.
Há um tempo, não sei se pela cultura da época, pelo estilo de vida mais
conservador e autoritário de educar as crianças e jovens, tanto pelos pais
quanto pelos professores; os alunos eram mais respeitosos, educados e
tolerantes. Não havia tantos conflitos Inter geracionais - discrepâncias
culturais, sociais ou econômicas entre gerações mais jovens e gerações mais
idosas. A escola chamava mais a atenção dos alunos. Era outro tempo. Tudo os
deixava mais “espantados”, como dizia Rubem Alves.
É fato também que “estamos passando por
mudanças significativas em todos os aspectos de nossa sociedade: religião,
família, trabalho, modo de vida, educação e governo. Muitas de nossas
instituições sociais, através das quais as pessoas encontravam segurança no
passado, não são mais seguras ou presentes como costumavam ser. A educação,
como a sociedade e todas suas outras instituições, está experimentando confusão
e crises profundas e dolorosas”, segundo Robert E. Alberti & Michael L. Emmons, em Comportamento Assertivo.
Um guia de auto expressão. Tradução de Jane Maria Corrêa. O
país vive momentos de extrema violência e insegurança. Não sabemos mais a quem
recorrer. É preciso confiar mais na
escola. Dar-lhe mais crédito. Valorizar mais os professores. Devolver-lhes o
seu valor de antes. Só uma instituição
bem contemplada pode conduzir melhor os valores necessários à socialização e
aprendizagem dos educandos. Principalmente, se todas as outras instituições que
compõem essa grande coletividade, nos ajudar. Sabemos que não é fácil melhorar
uma sociedade que não é sólida. Segundo Bauman, vive-se hoje uma modernidade
“líquida”, não se atendo a um só formato, marcada pela instantaneidade e pela
liquidez. Que não mantém a mesma
forma, que não é estável. Que está marcada por transformações,
desestabilidades, construções e desconstruções e imprevisibilidades. Mas é
preciso fazer alguma coisa. É preciso promover a paz.
A escola tem parte de uma sociedade dentro da sala de aula. Cada
aluno traz dentro de si - sua família, sua comunidade, sua cultura
regional, a sua história de vida, e a do lugar onde vive. Assim, como o
professor que o acompanha, não leva apenas o conteúdo a ser ensinado -
leva sua vida, seu jeito de ser, fazer, ler e compreender o mundo. Todos passam
um conjunto de informações. Muitas
coisas já foram feitas, mas muitas precisam ser melhoradas. A mudança do
currículo parece ser a nova proposta do momento. Segundo Liana Borges, doutora
em educação, aposentada da Rede de Ensino de Porto Alegre (RS), citada por
Eduardo Pinheiro, em sua participação, no “15º congresso Pensar”, no meu
estado, a grade curricular deve estar voltada para a formação integral do ser
humano. Com a função também de humanizar, e não apenas, de ensinar as
disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e História, por exemplos. É
preciso que essa compreensão do currículo escolar chame a responsabilidade da
escola para o agir social. “A escolha do currículo pode alterar rumo da
sociedade.”
Portanto, é grande a responsabilidade que é depositada em
nossos ombros. Os tempos mudaram e os encargos aumentaram. É o “choro” de todo mundo. E muitas mudanças,
ainda, precisam ser feitas. E em todas as realizações, os professores, pais e
alunos precisam estar presentes. É claro! A educação é uma missão de todos. “É
a maior riqueza que podemos deixar para os nossos filhos”. Cabe a nós todos, torná-la, cada dia, mais
atraente e moderna, sem perder seu principal papel: a de mediar conhecimentos,
preparando crianças e jovens para a vida, através de um bom ensino e de bons
exemplos. Parabéns pelo nosso dia, professor! Nós merecemos!
Beijos
+Nilva Moraes Ferreira
Beijos
+Nilva Moraes Ferreira
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