Como está o seu papel e da escola no desenvolvimento emocional de seu (sua) filho (a)?
Oi pessoal,
E com muita alegria que recebi o texto da nossa colunista Nilva pra vocês este mês, saber que esta bem e se restabelecendo professora, enche meu coração de alegria, saudades dos textões rsrsrs e das sábias palavras...seja bem-vinda novamente!
E, ainda, segundo Tony Wagner, investigador de Inovação na Educação no Centro de Tecnologia e Empreendedorismo da Universidade de Harvard, citado por Catarina Fernandes Martins em seu artigo intitulado: “Quando a escola deixar de ser uma fábrica de alunos”, “o que vêm ensinando aos jovens, nas escolas, está em oposição ao que eles deveriam estar a aprender para triunfarem nas suas carreiras, numa economia global. Wagner defende que a escola deve desenvolver sete "competências de sobrevivência" necessárias para que as crianças possam enfrentar os desafios futuros: pensamento crítico e capacidade de resolução de problemas, colaboração, agilidade e adaptabilidade, iniciativa e empreendedorismo, boa comunicação oral e escrita, capacidade de aceder à informação e analisá-la e, por fim, curiosidade e imaginação”.
E com muita alegria que recebi o texto da nossa colunista Nilva pra vocês este mês, saber que esta bem e se restabelecendo professora, enche meu coração de alegria, saudades dos textões rsrsrs e das sábias palavras...seja bem-vinda novamente!
Hoje, um grande número de famílias faz da vida dos filhos um
verdadeiro plano de metas, com pressão para se destacarem nas escolas, tirarem
as melhores notas, lerem o maior número de livros, alargarem seus conhecimentos
científicos, artísticos e culturais, desenvolverem todas as suas habilidades
cognitivas em casa, na escola e fora dela. “Melhor que estejam, sempre, no topo
em todas as áreas e que o tempo deles esteja ocupado em aprender”. “E faz isso
para o bem deles”. “Sem medo de errar”. “É o futuro deles que está em jogo!”
A pressão vem de todos os lados. Vem da escola, também, por tentar fazer “descer
goela abaixo”, cada dia “mais e mais”, mais precoce e mais rápido, o
conhecimento. Essa é uma visão, ainda, do século 19, uma era de intensas
transformações, tanto no campo econômico, na estruturação e na esfera do modo
de produção capitalista, quanto numa nova concepção mental de mundo, isto é, o
predomínio de uma racionalidade embasada no conhecimento científico. Em que a
escola ensina o grupo e não o indivíduo. Privilegiando mais o racional do que o
emocional. Preparando crianças e jovens para serem apenas bons funcionários, já
que a maioria não aprende a ter autonomia, liderança, traquejo social, empatia
e a se relacionar bem. Não é à toa, que segundo Goleman - “Muitas pessoas têm
talento e inteligência, mas na maioria das vezes são demitidas por problemas de
relacionamento”.
E, ainda, segundo Tony Wagner, investigador de Inovação na Educação no Centro de Tecnologia e Empreendedorismo da Universidade de Harvard, citado por Catarina Fernandes Martins em seu artigo intitulado: “Quando a escola deixar de ser uma fábrica de alunos”, “o que vêm ensinando aos jovens, nas escolas, está em oposição ao que eles deveriam estar a aprender para triunfarem nas suas carreiras, numa economia global. Wagner defende que a escola deve desenvolver sete "competências de sobrevivência" necessárias para que as crianças possam enfrentar os desafios futuros: pensamento crítico e capacidade de resolução de problemas, colaboração, agilidade e adaptabilidade, iniciativa e empreendedorismo, boa comunicação oral e escrita, capacidade de aceder à informação e analisá-la e, por fim, curiosidade e imaginação”.
Além dessas competências cognitivas, uma das grandes preocupações
da atualidade, embora, ainda, por um número pequeno de famílias e de uma
minoria de escolas, é educar seus filhos e alunos, emocionalmente, ou seja,
prepará-los para enfrentar os desafios impostos pela vida com inteligência
emocional. Ensiná-los, como reagir nas diversas ocorrências que podem vir a
acontecer. Uma vez que, uma educação completa deva levar em consideração a
educação para a tolerância e a resistência, e habilidades como empatia,
flexibilidade, espírito de liderança, poder de persuasão, motivação,
comunicação, relacionamento interpessoal e gratidão. E a escola como um sistema
de ensino fundado nestes quatro pilares da Unesco - aprender a conhecer, aprender a fazer,
aprender a ser, e aprender a conviver, deve considerar o ser humano na sua
integridade.
E tanto os pais quanto as escolas podem ser os preparadores
emocionais das crianças e adolescentes. Segundo Daniel Goleman, PhD pela
Universidade, também, de Harvard, citado anteriormente, essas competências
emocionais podem ser treinadas e desenvolvidas. Ao contrário do QI (quociente
de inteligência), que se mantém estável ao longo da vida, o QE (quociente
emocional) pode ser desenvolvido e aperfeiçoado com o tempo, através de ensaios
ou exercícios repetidos de seus pontos fortes e pontos fracos. Sendo assim, basta
que seja feita a identificação dos pontos fracos pelas famílias e escolas, e as
mesmas façam o treino dos mesmos. É como jogar bola, correr, nadar.
Ninguém
nasceu sabendo jogar, nadar, andar de bicicleta e tendo bons hábitos, etc. Só
através de exemplos, ensaios ou treinos repetidos é possível o desenvolvimento
de cada um deles. Por isso, a escola deveria começar ver o aluno, mais
individualmente e na sua integridade, para poder perceber suas inteligências
múltiplas e suas dificuldades acerca da Inteligência Emocional, principalmente
na infância, período no qual toda a estrutura neurológica encontra-se em
formação, para poder alimentar e fortalecer o que lhe é ao mesmo tempo mais
receptível / suscetível (ponto forte) ou têm dificuldades (pontos fracos) para
cada um.
Assim completou o mesmo autor na Revista Época:
ÉPOCA- Esse é um aprendizado que deve começar cedo?
Goleman – “Acredito piamente nisso. Não vejo o controle de
emoções como algo negativo. Não se trata de tolher ninguém, mas de ensinar como
lidar com emoções que existem. Conceitos como autocontrole, senso de
responsabilidade e o desenvolvimento da autoestima podem ser ensinados tanto a
uma criança de 8 anos quanto a um adolescente de 16 anos. Tenho visto
instituições que já começam a ensinar esses conceitos na pré-escola e acho isso
formidável. É uma ótima fase para se incutir esses pensamentos. Há programas
para encaixar essa matéria na grade curricular normal e não leva mais de uma
semana para os professores aprenderem a ensinar os alunos. Mas essas escolas
são minoria. Ainda não dá para imaginar que a inteligência emocional vá ser
ensinada com matemática ou idioma pátrio”.
Portanto, acredito que só através do aliar do
desenvolvimento de competências cognitivas e emocionais à educação (família e
escola) poderá gerar seres humanos mais íntegros, menos discriminatórios, que
são capazes de se compreender melhor a si e aos outros, estando aptos para
estabelecerem relações mais positivas e desenvolverem habilidades que
precisarão em todas as áreas de sua vida pessoal e também profissional. Sabendo
valorizar o que de fato é importante para se ter uma vida mais prazerosa, mais
leve, mais equilibrada e com mais chances de obter o sucesso.
Abraços
Profa. +Nilva Moraes Ferreira
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