Como é ser mãe de alergicos
"De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai), de 6% a 8% dos meninos e meninas com menos de 3 anos sofrem do problema."
Ter um filho alérgico já é difícil e ter dois é um trabalho dobrado, que a Karina enfrenta com muito otimismo e fé.
A partir de hj vamos falar deste assunto por aqui também e ajudar a tranquilizar as mães e mostrar que é possível dar qualidade de vida aos filhos, mesmo com tantas restrições., vai até ter dicas com receitas ebaaa!!!!
Karina- Colunista no Blog Mãe de moleque |
Como muitas de vocês, quando casei, trabalhava fora, tinha
uma boa carreira em ascensão e sonhava ter filhos.
Primeiro veio o Enzo, um moleque lindo e saudável. Três anos
e muita insistência depois, engravidei novamente, mais um moleque lindo, o
Dante!
Agora a família estava completa e a mãe maluca, cheia de
dúvidas, como voltar a trabalhar com dois filhos? Como seria a rotina com um
bebê novinho em casa? E além de todas as preocupações de uma mãe recém nascida,
logo que o Dante nasceu, teve sua primeira reação alérgica. O moleque ficava
todo empolado, irritado, chorava muito...
A pediatra que nos
acompanhava dizia que ele era muito novinho pra afirmar que tinha alergia, mas
que provavelmente desenvolveria dermatite atópica (aquela que a pessoa não tem
proteção natural na pele). Nossos
hábitos começaram a mudar aí, trocamos o sabonete dele, passamos a usar um
hidratante especial após o banho, as roupas da casa toda eram lavadas com sabão
de coco e o amaciante foi banido.
Durante os quatro
primeiros meses, minha maior preocupação era só com a dermatite, nem passava
pela minha cabeça que ele poderia ter alergia alimentar. O Dante começou a
adoecer com frequência, vomitava, o intestino prendia, em seguida soltava
muito, as assaduras eram horríveis. As reações após a vacinação eram sempre
exageradas, muita febre, muita diarreia, muita tosse. Não gosto de lembrar a agonia que eu sentia
quando trocava as fraldas...
Foto arquivo pessoal Dante |
Aos sete meses quando introduzimos a gema de ovo na papinha,
vieram as reações imediatas! Vômito, tosse, falta de ar... No começo tratamos
os sintomas como adaptação a nova rotina, aos novos alimentos, pois voltei a
trabalhar. Mas ele ficou bem doentinho. Muita tosse e falta de ar, as visitas
ao pronto socorro eram frequentes, e os diagnósticos eram diversos, desde
bronquite até virose! Começaram os bronco dilatadores, corticoides,
antibióticos e tudo aquilo que queremos evitar para aos nossos filhos.
Adiamos ao máximo os exames de sangue, mas agora eram
necessários. Os primeiros RAST* foram quase todos positivos! Era alérgico a
proteínas do leite de vaca, proteína de soja, a oleaginosas e a proteínas do
ovo (tudo fácil, claro!), além das alergias normais, ácaro, poeira doméstica,
picada de inseto e etc.
Na mesma época, o Enzo tinha episódios frequentes de
refluxo, cheguei a pensar que poderia ser psicológico, por causa do quadro do
irmão, investigamos e descobrimos que ele era intolerante a lactose, e aí minha
vida realmente virou de cabeça pra baixo!
Tomei a decisão mais difícil da minha vida, saí do emprego
pra cuidar dos pequenos e descobri “as dores e as delícias” do que é ser mãe de
verdade, 24 horas por dia.
Vou contar mensalmente nesta coluna como é nossa rotina e
espero ajudar muitas pessoas e principalmente as mães sobre este assunto tão
delicado que é a alergia alimentar e como conviver com ela.
Beijos
Karina
Beijos
Karina
Arquivo Pessoal Dante e Enzo |
*Teste RAST (de radioallergosorbent)
é um exame de sangue que detecta anticorpos IgE específicos no sangue,
possibilitando a identificação correta dos prováveis alérgenos provocantes de
manifestação alérgica. Ele determina quais substâncias que uma pessoa tem
possibilidade de ser alérgica.- fonte Google
Nenhum comentário:
Deixe seu recado, ficaremos felizes em responder
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.