Obesidade infantil



Temos a obesidade como caso de saúde pública.
Dados epidemiológicos mostram que há um grande aumento no número de crianças e adolescentes com obesidade. Os estudos apontam que crianças acima do peso possuem 75% de chance de se tornarem adolescentes obesos e posteriormente 89% de chance de se tornarem adultos obesos. O ministério da saúde indica que 12,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos estão em obesidade, aumentando o risco de desenvolver DCNT (Doenças Crônicas Não Transmissíveis) como diabetes e hipertensão.

A transição alimentar nos anos 70 e 80 contribuiu para o aumento da obesidade: a facilidade dos industrializados, o baixo preço dos fast-food e a forte influência da mídia sobre as crianças.

Mal do Século
Apesar de nos assustarmos com a obesidade ainda há algo mais preocupante, essas mesmas crianças que enfrentam o aumento de peso estão se tornando obesos desnutridos. Confuso não? Vou esclarecer:
A carência nutricional das crianças em obesidade/sobrepeso vem do alto consumo de guloseimas, refrigerantes, fast-food e industrializados no geral, esses alimentos são ricos em calorias e pobres em vitaminas, minerais e ácidos graxos essenciais (nutrientes importantes no crescimento, desenvolvimento, metabolismo energético e processos orgânicos) o que dificulta a perda de peso e facilitam ainda mais o acumulo de gordura.

O desafio materno na alimentação
Mulheres de 18 países participaram de oficinas para o relatório da Situação Mundial da Infância 2019, que falou sobre como elas alimentam seus filhos e também como se alimentam. As oficinas foram organizadas pelos escritórios do UNICEF, comitês nacionais e a Western Sydney University (WSU). A análise completa do estudo será publicada em 2020.
Uma prévia demonstrou que o alto custo dos alimentos foi a maior obstáculo à alimentação saudável, seguido da falta de disponibilidade e acesso aos alimentos saudáveis. Algumas participantes descreveram também a aversão dos bebês a certos alimentos e a pressão familiar exercida sobre elas em relação a criação dos filhos.

Tecnologia, Sedentarismo e a Mídia
A onda da tecnologia (jogos, computadores, tablets e celular) também é um ponto a ser colocado em questão, as crianças e jovens dessa geração estão cada vez mais sedentários. Sem dizer que o estresse gerado pela tecnologia deixa a ansiedade a toda prova, fazendo com que eles consumam os alimentos como forma de compensação, sem prestar atenção na mastigação ou quantidade dos alimentos.
A publicidade traz grande influência aos mini consumidores, são inúmeros os atrativos: embalagens coloridas, com diversos personagens instigantes e as diversas promoções, fazendo com que fiquemos todos vulneráveis às ofertas de industrializados.

Qual a saída?
Como primeira estratégia para salvar nossas crianças está o aleitamento materno, até os 6 meses de vida o bebê deve receber aleitamento materno exclusivo, após os 6 meses iniciamos a introdução alimentar, essa deve acontecer de forma gradativa e sem pressão para não causar traumas.
A melhora dos hábitos alimentares da família é a melhor solução para reverter esse quadro assustador. Promover o hábito de sentar-se à mesa e alimentar-se sem uso de TV e celular, influenciar a pratica de atividade física, comprometer-se em oferecer uma dieta equilibrada a família toda.
O bem estar de nossa família é uma preciosidade valiosa, não há nada mais gratificante do que poder ver quem amamos saudável e cheio de disposição.








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