COMO PREPARAR SEU FILHO PARA A VIDA?
Você esta preparando ou já prepara seu filho para a vida?
Para falar sobre este tema tão complexo, preferi recorrer a esta
reportagem da internet, de Ernesto Paglia, jornalista e marido da também
jornalista, que acompanhamos todos os dias, no Jornal Hoje, a tão segura e
sorridente Sandra Annenberg.
Ele diz:
“Que pai não sonha com a felicidade e o sucesso dos filhos? É para
ajudá-los a chegar lá que sempre tentamos proporcionar as melhores
experiências, a melhor escola e, até, os melhores amigos para eles. Mas, para
usufruir tudo isso, as crianças precisam aprender a lidar com os sentimentos.
Só assim conseguirão superar as frustrações que vão enfrentar durante toda a
vida. Ao longo desta reportagem, você vai encontrar as definições de dez habilidades
emocionais fundamentais para o seu filho se desenvolver em todos os aspectos -
e vai descobrir como ajudá-lo a fazer isso no dia a dia.
Basta o filho nascer, ou melhor, basta descobrirmos que vamos ser
pais, para querermos ter certeza de que ele vai crescer feliz e conquistar tudo
o que desejar (e um pouquinho mais, por que não?). E, para tentar garantir essa
realidade, começa o que parece ser um plano infalível: oferecer bons
professores e cursos de idiomas, fazer poupança para faculdade, proporcionar
viagens de intercâmbio, matricular em uma atividade física... Claro, tudo isso
é de extrema importância, principalmente para que ele se desenvolva
intelectualmente, adquira cultura e descubra seus talentos e preferências, mas
existe outro componente fundamental, sem o qual nada disso funciona direito: a
capacidade de aceitar, entender, lidar com as emoções.
Isso significa que, para enfrentar os desafios e alcançar seus
objetivos, além de boas notas no boletim, seu filho vai precisar de uma boa
dose de jogo de cintura para aprender a esperar, a trabalhar em grupo, a
expressar suas opiniões e a não desistir de suas empreitadas. O primeiro dia na
educação infantil, o fora da namorada na adolescência, a disputa por uma vaga
na faculdade, a busca do primeiro emprego. Todos obstáculos serão superados com
mais tranquilidade se ele souber administrar o que sente e pensa não só com a
cabeça, mas também com o coração.
É aí que as dez habilidades emocionais que você já começou a conhecer
nas páginas desta reportagem vão ajudar, e muito. São elas: a autoconfiança, a
paciência, a coragem, a tolerância, a persistência, o controle dos impulsos, o
autoconhecimento, a empatia, a comunicação e a resistência às frustrações.
E não caberá à escola, apenas, passar esse importante aprendizado: ele
está intimamente ligado aos ensinamentos que você passa ao seu filho desde o
primeiro dia de vida, sem nem mesmo perceber. É como você encara cada choro,
como explica e mantém cada decisão sua – de que ele não pode sempre comer só o
que quiser ou fazer apenas o que tem vontade – e como administra a sensação
para lá de incômoda de vê-lo triste ou magoado. Experiências desagradáveis
também são fundamentais para que ele esteja preparado para tudo o que ainda vai
ocorrer na vida. E que ele precisará lidar estando você por perto ou não. Por
isso mesmo, é muito melhor que ele aprenda isso com o seu carinho”.
No entanto, há certa
contradição entre o que praticamos e o que desejamos. Queremos que nossos filhos sejam “águias”,
mas criamos para serem “galinhas”. Essa é a grande verdade. É bem mais cômodo
para os pais terem os filhos perto deles, não correndo riscos. Herdamos isso de
nossos pais e avós. Quem já leu o texto de Rubem Alves – “A águia que (quase)
virou galinha” sabe do que estou falando. E, desse modo, como eles poderão dar
voos altos? “Se pegamos no pé deles 24 horas, dizendo a todo o momento, o que
podem e o que não devem fazer; vigiando o tempo todo, dando opinião – “façam
isso desse jeito e não daquele”. Escolhendo até seus amigos. Acompanhando em
todos os lugares, controlando as suas vidas. Contudo, com a violência que
arruína todo o país, como não aconselhá-los, avisá-los, impor limites e não
protegê-los?
Estou falando disso porque fui uma mãe super protetora, e conheço
muitas que também são. Só depois que os filhos crescem, os resultados de nossas
ações aparecem, apontando claramente onde erramos e acertamos. Acertamos muito,
mas o quanto erramos! Talvez, por falta de experiência; por falta de tempo, com
a correria do dia a dia; por educar da forma que fomos criados, um estilo de
educação que vem passando de geração a geração; por falta de certa formação
psicológica e cultural; ou pela simples convicção de que estávamos no caminho
certo; procurando lhes dar o que era melhor, acreditando nessa ideia e
assegurando - lhes de que uma vez bem criados, preparados nas melhores escolas,
fazendo os melhores cursos, empregados, estariam prontos para enfrentar todos
os obstáculos, que por ventura, no futuro, encontrarem. Assim também, como
disse Ernesto Paglia.
Mas infelizmente não é bem assim. São tantos os percalços da vida! São
tantos novos valores que vão surgindo! Uma característica que, hoje, é
importante; amanhã, pode ser que já não seja mais. Por exemplo, no tempo de
nossos pais e avós, ser muito sério, “não voltar atrás”, com uma ideia, era
sinal de que era uma pessoa segura, equilibrada; hoje, já demonstra uma pessoa
muito radical. Então, se não formos sensíveis a essas e outras mudanças, tendo
sabedoria, tolerância, carinho, atenção e preparação para perceber como a
criança esteja assimilando às variadas informações e valores que a escola e a
família estejam passando, a educação fica muito a desejar.
Queremos que nossos filhos sejam reconhecidos, carismáticos,
comunicativos, sociáveis e amáveis. Mas
o papai e a mamãe, somente, poderão ajudá-los, se contribuíram, bem antes de
nascer, com certo grau dessas características em genética e hereditariedade, ou
se tiverem certa facilidade, disposição, paciência para ouvi-los. Percebendo suas
emoções, desde criança, reconhecendo na emoção uma oportunidade de intimidade
ou aprendizado, ouvindo com empatia e receptividade, legitimando seus
sentimentos, identificando a emoção que esteja sentindo; impondo limites, e ao
mesmo tempo, explorando estratégias para a solução dos problemas.
Portanto, caros leitores, é muito importante que estejam atentos às
manifestações de ansiedade, resistência às frustrações, tolerância, controle
dos impulsos que seu filho vem revelando com o passar do tempo. Esse olhar para
o filho deve ser o mais receptivo, possível. É muito significativo estar sempre disponível
para essa busca de informações. Segundo Gottman, em entrevista a revista
CRESCER - “É como os pais se relacionam com as emoções das crianças que
determina o desenvolvimento emocional delas. Os pais têm que estar disponíveis
emocionalmente, respeitar as crianças e responder a elas com empatia e
compreensão.”
Abraços
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