Benefícios da Alimentação na Depressão e Suicídio


 


Estamos no mês de setembro muito tem se falado sobre a campanha de prevenção ao suicídio.

As estatísticas revelam que as taxas de suicídio aumentaram de forma acentuada desde o início dos anos 2000, dados alarmantes também entre crianças e adolescentes, colocando em foco como explicação para os fatos o aumento da depressão.

Muito se fala sobre os medicamentos antidepressivos, quero abordar uma visão mais bioquímica e acessível, mostrar como a alimentação pode ser importante no tratamento da doença.

A depressão é um dos transtornos mais comuns, afeta milhões de pessoas de todas as idades, de acordo com dados do CDC.”gov, Suicide Rising Across the US”, nas crianças 1 em cada 5 pensam em suicídio pós ataques de bullying. Dentre os fatores contribuintes para o suicídio estão:

  • Problemas de relacionamento (42%)
  • Bullying (30%)
  • Abuso de substâncias (28%)
  • Problemas de saúde física (22%)
  • Problema financeiro, insatisfação no trabalho ou desemprego (16%)
  • Problema criminal ou legal (9%)
  • Perda de habitação (4%)



Sinais de alerta

  • Mudanças extremas de humor
  • Sentimento de ser um fardo
  • Isolamento
  • Aumento da raiva ou intolerância
  • Sentimento de desesperança
  • Aumento da ansiedade
  • Maior uso de substâncias
  • Falta de apetite ou compulsão alimentar
  • Sono constante ou ausência de sono
  • Conversas ou posts na internet sobre o desejo de morrer

O que fazer para ajudar.

  • Pergunte como a pessoa se sente e esteja à disposição para conversar;
  • Ofereça segurança e não deixe a pessoa em depressão sozinha;
  • Encaminhe rapidamente a um acompanhamento médico e psicológico;
  • Torne-se disponível e não faça críticas a sensação de depressão;
  • Ajude a pessoa a se reconectar com amigos e familiares;
  • Crie atividades que a pessoa possa realizar como modo de distração, seja artesanato, um filme, um passeio, um livro novo;

Como fica a Dieta?

Devemos evitar alimentos ultra processados e ricos em gorduras, sódio e açúcar. Uma dieta equilibrada e livre de alimentos industrializados deixa o corpo mais leve, aumentam a produção de serotonina e promovem a sensação de bem estar

Os alimentos tem grande impacto na questão do humor. Nosso intestino é considerado segundo cérebro, armazenando e cerca de 90% dos neurotransmissores, um desequilíbrio na composição da microbiota intestinal (disbiose) pode levar a um processo inflamatório, causando a queda nos níveis de neurotransmissores (entre cérebro e intestino) ditando grande comprometimento na saúde física, mental e emocional.

·         ômega-3 = Importantíssimo para a função cerebral e saúde psicológica, sua deficiência interfere na resposta das células cerebrais Fontes: peixes, algas, semente de linhaça e castanhas.

·         Vitamina D = Devemos receber exposição solar suficiente para obter um nível saudável de vitamina D. Sua deficiência, está implicada em distúrbios psiquiátricos e neurológicos. Pessoas com níveis mais baixos de vitamina D, são 11 vezes mais propensas a ficar deprimidas do que aquelas que tinham níveis normais.

·         Vitaminas do complexo B = Desempenham um papel na produção de certos neurotransmissores importantes para a regulação do humor e outras funções cerebrais. A deficiência das vitaminas B6 e B9 foi observada entre as pessoas com depressão. Uma curiosidade: a vitamina B6 é cofator das enzimas que convertem o L-triptofano em serotonina o hormônio do bem estar, sua deficiência nos deixa tristes e apáticos. Fontes:  carne vermelha, aves, peixe, legumes, ricota, batatas, bananas, melancia, espinafre e sementes de girassol. Folato incluem, o chá verde, vegetais de folhas verdes, feijões, legumes e frutas.                                                                                       

·         Triptofano = Aminoácido utilizado pelo cérebro que ajuda na produção de serotonina (neurotransmissor importante no processo bioquímico do sono e do humor). O corpo não produz o triptofano é preciso ingeri-lo por meio de alimentos como, banana, aveia, pinhão, amêndoas, cacau, abacate.

·         Ferro = A deficiência de ferro leva a insuficiência de glóbulos vermelhos podendo causar fadiga, confusão mental, perda de apetite, irritabilidade. Para aumentar a ingestão de ferro, é recomendado consumir alimentos como carne vermelha, soja, beterraba, peixe, farinha de aveia, manteiga de amendoim, espinafre, feijão, romãs e ovos. Para potencializar a absorção do ferro podemos consumir antes ou juntamente alimentos ricos em vitamina C.

  • Selênio = Atua nas enzimas que diminuem o estresse oxidativo do cérebro, prevenindo o envelhecimento das células. Alguns estudos apontam que a deficiência desse mineral pode causar surtos de mau humor. Fonte: castanha do pará, frutos do mar.
  • Zinco = promove a síntese da dopamina e da serotonina. Sua deficiência piora o estresse oxidativo, o que aumenta riscos de depressões e Alzheimer. O desequilíbrio pode estar associado à morte de neurônios e à queda na qualidade do sono. Fonte: carnes vermelhas, amêndoas, frutos do mar.
  • Magnésio = Sua carência está relacionada ao aumento do estresse, alterando o equilíbrio entre adrenalina e cortisol que pode levar a fadiga crônica, depressão e dificuldade de concentração e aprendizado. Fontes: espinafre, couve, acelga, sementes de abóbora, iogurte e amêndoas.

 

Manter uma alimentação saudável, um prato colorido pode fazer toda diferença em sua vida, alimentos in natura nos dão bem estar e disposição, previnem doenças e estimulam sensação de bem estar.

Não podemos deixar a depressão se instalar em nossa vida, devemos manter nosso corpo em movimento, nossa mente liberta e a alimentação saudável é indispensável para que tudo isso flua, da melhor forma possível.

Beijos da Nutri


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